quarta-feira, 26 de novembro de 2008







Hipocondria
Hipocondria é o medo persistente de se ter uma doença séria. Uma pessoa com este distúrbio tende a interpretar sensações normais, funções corporais e sintomas leves como um sinal de uma doença grave. Por exemplo, uma pessoa pode temer que os sons normais da digestão, o fato de suar ou o aparecimento de uma marca na pele possam ser sinais de uma doença grave.
Uma pessoa com hipocondria pode mostrar-se especialmente interessada em um sistema ou um órgão em particular, como os sistemas cardiovascular ou digestivo. A confiança que a pessoa deposita em seu médico e até mesmo uma avaliação médica completa freqüentemente não acalmará seus medos. Ou, se os acalmar, outras preocupações podem emergir dias depois. Geralmente, as pessoas com esta desordem não se tornam delirantes. Elas podem admitir a possibilidade de que seus medos até podem ser exagerados. Porém, elas só irão aceitar se lhe disserem que estão doentes, mas não que não há nada de errado com elas.
Em geral, de 4 a 5% dos pacientes na prática médica têm Hipocondria. Há uma tendência de ir de médico em médico para se tratar, procurando um que confirme a doença presumida. Porem, o paciente e os médicos acabam se sentindo frustrados ou rancorosos. A procura intensiva de doenças que às vezes não podem ser encontradas interfere com a vida da pessoa, atrapalhando-a nos cuidados que ela tem consigo mesma, acabando por desenvolver uma doença de verdade.
A Hipocondria é em alguns casos semelhante ao distúrbio obsessivo-compulsivo. A pessoa é obsessivamente preocupada com idéias de doença e se sente compelida a fazer coisas (coçar-se compulsivamente, marcar consultas obsessivamente) para acabar com a ansiedade que dela resulta. Embora estar doente seja incômodo, isto pode trazer benefícios, como a atenção e o cuidado dos familiares, amigos e médicos, e o alívio de responsabilidades. Às vezes, a Hipocondria é incentivada por estas vantagens, embora o indivíduo não esteja freqüentemente ciente desta motivação.
Quadro ClínicoOs sintomas da Hipocondria incluem:-Preocupação como ter doença grave;-Interpretação errônea dos sintomas de seu corpo;-Medo persistente de doença, apesar de ter confiança no médico;-Ausência de delírio (ilusões) ou de psicose;-Depressão clínica.
DiagnósticoO diagnóstico normalmente é suspeitado pelo clínico geral e é geralmente confirmado pelo psiquiatra ou psicólogo, embora o paciente muitas vezes se recuse a fazer tratamento psiquiátrico ou psicológico. O diagnóstico é baseado nas queixas clínicas da pessoa, em sua história médica e no exame físico feito pelo médico, além dos exames complementares. A desordem pode ser acompanhada de sintomas de ansiedade grave ou sintomas obsessivo-compulsivos. Medo e preocupações exageradas sobre doença podem aparecer como parte de outras desordens mentais, como as várias formas de depressão, esquizofrenia ou desordens de somatização.
TratamentoComo as pessoas com Hipocondria também podem ter depressão, ansiedade ou psicose, estas condições devem ser avaliadas e devem ser tratadas. Os sintomas da Hipocondria podem ser aliviados por um antidepressivo até mesmo quando nenhuma outra doença psiquiátrica estiver presente.
Qual médico procurar?Pessoas com Hipocondria tendem a procurar um Clínico Geral prontamente. Porém, eles normalmente não querem procurar profissionais de saúde mental (psiquiatra e psicólogo) porque eles temem que as pessoas vejam seus sintomas clínicos como "fruto da imaginação". Porém, o tratamento precoce por um profissional de saúde mental pode ser extremamente útil. PR MARCOS AYRES

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