terça-feira, 9 de dezembro de 2008











A nova arma contra o stress

De vez em quando uma idéia contagia o mundo. Na área da psicologia e da psiquiatria, o mais recente conceito a virar moda é o da resiliência. Nos últimos cinco anos, ela passou a fazer parte do vocabulário de universidades, serviços de apoio governamentais, hospitais e empresas. Mas o que o termo pode acrescentar às nossas vidas? Muito. E o que ele significa? É a mais nova arma usada para ajudar os indivíduos a suportar melhor as pressões da vida moderna. Sejam elas de grandes dimensões, como as perdas de emprego, sejam as pequenas, aquelas provocadas por aborrecimento de trânsito, no cinema, em casa com a empregada doméstica ou com um vizinho.
Na verdade, a resiliência é um conceito oriundo da física, que define a capacidade de um objeto retomar a sua forma original depois de sofrer um impacto. No Brasil, o conceito começa a ganhar espaço. Na última semana, o Hospital das Clínicas de São Paulo (HC/SP) anunciou a criação de grupos de resiliência com duração de três meses para pessoas que anseiam por uma maneira de enfrentar com menos sofrimento as agruras do dia-a-dia. Confira o manual de sobrevivência na vida moderna:
Em casa
Barulho e bagunça feita por filhoReação comum: Irritação, gritos repreensivos, tapas “educativos”.Atitude resiliente: Espere o auge da irritação passar. Explique que há regras na casa e que elas ajudam a viver em paz sob o mesmo teto. Repita quais são elas.
Empregada doméstica que quebra louça, queima roupaReação comum: Queixas e escândalos freqüentes.Atitude resiliente: Se você tiver receio de perder a empregada, e por isso não tem uma conversa franca com ela expondo sua insatisfação, tente superar esse temor em benefício de si próprio. Lembre-se que ninguém é insubstituível. Também avalie se deve reservar algum tempo para treiná-la.
No trabalhoChefe de departamento difícil, que grita.Reação comum: Falar manso acreditando que isso o acalmará. É um equívoco e você corre o risco de passar por fracote. Atitude resiliente: Seja firme, sem gritar. Defenda seu ponto de vista sem exibicionismo e sem expor as “neuroses” do chefe.
Lidar com colegas que se consideram melhores do que os outrosReação comum: inveja e maledicência.Atitude resiliente: Considere o real valor da pessoa e ignore o estrelismo. Imagine que na testa dela está escrito: “preciso ser assim até sobreviver”. E entenda que isso é problema dela, não seu.
Na rua
Batida no carroReação comum: Culpar o outro.Atitude resiliente: É do seu interesse que haja discussão? Seja breve e objetivo: veja se tem alguém que precisa ser socorrido, cheque os danos e como serão reparados. E pronto.
Gente que fura filaReação comum: Xingamentos, discussões e, às vezes, agressão física.Atitude resiliente: reclamar junto aos responsáveis (se houver). Diga ao espertinho que ele pode ser visto, mas o final da fila é lá atrás.
No shoppingVendedor muito insistenteReação comum:Fica ouvindo tempo demais antes de recusar.Atitude resiliente: Diga “não” com firmeza e calma uma única vez, sem dar ouvidos à insistência.
Ladrão de vaga no estacionamento Reação comum: Reclamação e busca de outra vaga.Atitude resiliente: Diga à pessoa que ela pode ter se enganado, pois você aguardava a vaga. Peça que retire o carro. É raro dar certo, mas diminui a irritação.
Na vida pessoalPressão por corpo perfeitoReação comum: Exageros na dieta, nos exercícios.Atitude resiliente: Avaliar se tem energia suficiente para cumprir um programa de emagrecimento orientado por especialistas
Separação conjugalReação comum:Sensação de inadequação, raiva.Atitude resiliente: O que você gosta de fazer sozinho? Permita-se reencontrar o que lhe dá prazer. PR MDAYRES

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